Na quarta-feira, 25/10, o diretor do Instituto Oceanográfico da USP encaminhou e-mail aos comandantes dos navios atracados no Porto de Santos com ordem para que os membros do sindicato que estão lá, acompanhando a situação dos trabalhadores ameaçados de demissão, fossem retirados: ver relato aqui.

Como os comandantes não efetivaram a retirada dos diretores do Sintusp, na manhã desta quinta, dia 26, enquanto realizávamos a reunião do CDB, fomos informados de um novo e-mail do diretor do IO, dessa vez um ultimato, ordenando que tal retirada ocorresse até no máximo às 12h (meio dia). O tom ameaçador dava a entender que poderiam dispor de força repressiva para efetivar essa retirada.

Diante disso, interrompemos nossa reunião do CDB e fomos para a porta da direção do IO exigir uma reunião e que a ameaça fosse retirada. A princípio, o diretor ficou escondido na sua sala, mentindo que não estava presente. Nesse meio tempo, a PM foi chamada, possivelmente pela própria direção. Mas a situação dos trabalhadores do IO é tão absurda que até mesmo a PM, tão acostumada a já chegar intimidando e reprimindo, dessa vez foi intermediar com o diretor e solicitar que ele recebesse uma comissão do sindicato. Dessa forma, o diretor que “não estava” apareceu e recebeu uma comissão do Sintusp.

Após muita conversa, um intervalo e uma nova conversa, ao final o diretor comprometeu-se que iria intermediar com a reitoria a realização de uma nova reunião com o sindicato, para tentarmos fechar um acordo que garanta o pagamento das verbas rescisórias dos trabalhadores. Com muito custo, o diretor também comprometeu-se a não fazer uso de força repressiva para desocupar o navio, ao menos até essa reunião de negociação com a reitoria.

Da nossa parte, reafirmamos que não vamos sair dos navios, enquanto os trabalhadores não tiverem seus direitos garantidos!