Na Assembleia Geral, realizada nesta quarta, 11/10, fizemos uma discussão sobre a situação da Universidade neste momento, especialmente em face da importante Greve das(os) estudantes.

A partir dos informes das reuniões de unidade, a avaliação da Assembleia foi de que precisamos fortalecer ainda mais nossa mobilização, buscando retomar pautas importantes para a categoria, especialmente o tema das contratações de funcionárias(os), bem como os itens da nossa Pauta Específica. Um dos encaminhamentos aprovados foi redigirmos uma Carta Aberta desmascarando as mentiras da reitoria, que na negociação com as (os) estudantes declarou que estaria em curso um plano de reposição de funcionários, com o compromisso de seguir repondo as perdas dos anos anteriores. Essa é aquela típica meia verdade. Como não existe meia mentira, é só mentira mesmo. Primeiro porque perdemos, desde 2014, mais de 4 mil funcionários da USP, e a proposta de contratação da reitoria é de 400 até o final da gestão Carlotti. E sobre a reposição das perdas dos anos anteriores, a começar por 2022, é uma falácia O critério que a reitoria usou foi o da conversão de vagas de básico e de técnico para vagas de superior, na proporção de 3 básicos ou de 2 técnicos para 1 superior. Além disso, a distribuição dessas vagas para as unidades utiliza critérios arbitrários. Logo, não é reposição, mas sim enxugamento!

A assembleia também aprovou a continuidade do Indicativo de Greve. A proposta é realizar novas rodadas de reuniões de unidade, discutindo a necessidade de construirmos a mobilização!

Luta dos trabalhadores do Bandejão Central garante compromisso de não alterar escalas e reafirma o apoio à Luta unificada com estudantes!

Com a divulgação da ata da reunião de negociação dos estudantes com a reitoria, na qual consta como uma das propostas da administração a abertura dos bandejões para as 3 refeições aos sábados e domingos, os trabalhadores do bandejão central realizaram uma manifestação para exigir que não fossem afetados com sobrecarga de trabalho, já que a medida não prevê abertura de contratações.

Com a mobilização, a PRIP, que coordena os restaurantes, emitiu um compromisso formal de que essa medida exclui o bandejão central, que não terá seu funcionamento alterado, e que os funcionários efetivos da USP não terão seus horários e dias de trabalho alterados.

Evidentemente trata-se de um tema complexo, pois é um direito dos estudantes, especialmente os que vivem nas moradias estudantis, a garantia de refeições aos finais de semana. Por outro lado, a política da reitoria de desmonte e sucateamento leva a uma contradição com a condição real de trabalho dos funcionários do setor, bem como abriu caminho pra avançar a terceirização. Nesse sentido, os trabalhadores reafirmaram em reunião o Apoio às demandas estudantis e aos estudantes em Greve, mas reforçando a importância de buscarmos a unidade na Luta para evitarmos que eventuais conquistas de uma categoria possam representar algum nível de ataque para outra.