Os navios do Instituto Oceanográfico da USP, instrumentos de importantes e “riquíssimas” pesquisas, fundamentais para o desenvolvimento do país, encontram-se em processo de destruição. A política das sucessivas reitorias, especialmente a partir do reitor ZAGO, é a mesma: primeiro destruir, para depois “desvincular”, entregando o patrimônio público para as empresas e Fundações.
O processo de destruição do Patrimônio Público construído durante longos anos de vida da universidade se aprofunda, como exemplifica o caso de Bauru. Em 2014, foi aprovada a desvinculação do HRAC (consumada agora em 2022), e em 2017 foi criado o curso de medicina com a promessa de uma Faculdade de Medicina de Bauru. A promessa de criação da Faculdade de Medicina foi um instrumento de chantagem da reitoria para desvincular o HRAC/Bauru, que é um PATRIMONIO DA HUMANIDADE. E agora sequer a criação da Faculdade está garantida, pois a reitoria cancelou o CO que discutiria o tema por inconsistências no projeto, especialmente sobre a estrutura de funcionários e docentes da nova faculdade.
Isso não é novidade, pois quando houve a criação da EACH também não houve a estrutura necessária e nem o repasse de verbas prometido pelo Governo do estado à época, fora o fato de construírem a unidade em terras contaminadas, com alguns ganhando muito dinheiro, e quem pagou o pato foram trabalhadores e estudantes.
Enquanto isso, João Mauricio da CODAGE, quer se livrar das tripulações dos navios e embarcações, sem pagar direitos trabalhistas, entregando Patrimônio Público avaliado em 11 milhões de reais para a iniciativa privada, terceirizando serviços de qualidade e especializados. Estas tripulações, além do conhecimento de suas respectivas funções, possuem conhecimentos amplos dos navios, do mar, das legislações e procedimentos marítimos. Além disso, auxiliam e muitas vezes até fazem diretamente para os pesquisadores o manuseio de equipamentos e instrumentos caríssimos utilizados nas grandes pesquisas oceanográficas, zelando inclusive pela vida de professores, pesquisadores e estudantes. A troca destas tripulações (de 30 trabalhadores para 14), significará perdas para pesquisas oceanográficas, ensino e até mesmo para o meio ambiente.
A CODAGE, reitores, diretores do IO e pesquisadores passaram décadas aceitando procedimentos administrativos errados e todos endossados pela Procuradoria Geral e agora na “má fé” querem alegar que os trabalhadores “são os culpados por não terem prestado concurso público” e que isto se trataria de “improbidade administrativa”, que é o que mais eles fazem, inclusive com o dinheiro público. Olhem só a CODAGE?? Continua a inflar a Folha de Pagamento da USP, superestimando a inclusão indevida dos pagamentos dos vales alimentações e refeições, e agora também o auxílio saúde, o que é ilegal, falando amém aos ilustres procuradores da USP, inclusive aos que não prestaram Concurso Público.
A pergunta que não podemos deixar de fazer: SERÁ QUE O REITOR e o COORDENADOR DA CODAGE não se envergonham do Assédio Moral Coletivo que estão fazendo contra os tripulantes dos Navios e Embarcações do Instituto Oceanográfico??
Será que não sentem VERGONHA de demitir 30 pais de famílias, sem nunca tomarem conhecimento do que estes homens fizeram e construíram para a USP??Será que a IMORALIDADE se tornou critério para uma universidade subir em tantos rankings, como a USP subiu nos últimos anos?
Pedimos solidariedade a todos (as). Envie um email repudiando esta política no email cgr@usp.br
Hoje são eles. Amanhã poderá ser você!