As assembleias da capital e do interior aprovaram a assinatura do Acordo Coletivo, reforçando, no entanto, as críticas à intransigência da reitoria e à falta de uma efetiva negociação ao longo do processo. A soma dos votos das assembleias totalizou 247 a favor, 71 contrários e 15 abstenções. Chamou a atenção que mesmo com o terrorismo da reitoria, que soltou vários comunicados nos últimos dias, houve muita insatisfação nas unidades em relação aos problemas do Acordo, em especial a necessidade de compensação das horas de pontes e do recesso de final de ano.

As assembleias demonstraram disposição em seguir a fortalecer a luta, não apenas em relação ao Acordo coletivo, mas também às outras pautas da categoria, e por isso o indicativo de Greve por Tempo indeterminado foi mantido, conforme falaremos mais a seguir. Sobre o Acordo, foi definido a assinatura, mas em conjunto a exigência para discutirmos já termos aditivos que avancem nas nossas reivindicações. Para tanto, vamos construir a luta e a Greve unificada com os estudantes e possivelmente com os docentes!

Assembleia aprova manter Indicativo de Greve por nossas pautas e em unidade com os estudantes e docentes numa luta conjunta em defesa da Universidade

As assembleias aprovaram manter o indicativo de Greve por tempo indeterminado, a ser discutido nas unidades e avaliado em uma próxima assembleia. Avaliamos que é o momento propício para irmos para a Greve e unificarmos nosso movimento com os estudantes. Além dos estudantes, os docentes aprovaram em assembleia paralisarem até segunda, 2/10, com indicativo de Greve para ser votado neste dia.

Neste momento, é fundamental reforçarmos nossa reivindicação de contratação de funcionários. Afinal, de 2014 para cá perdemos mais 4 mil funcionários na USP, e a reitoria prometeu contratar apenas cerca de 400, isto é, 10% das vagas perdidas. Os impactos da falta de funcionários são sentidos em todas as unidades. Em alguns lugares a situação é dramática, como no HU. Vamos levantar com força essa pauta, que pode unificar nossa luta com a luta estudantil em curso. Nesse sentido, consideramos fundamental aproveitarmos o momento para derrubar os famigerados Parâmetros de Sustentabilidade aprovados sob porrada da polícia na gestão Zago/Vahan, que é uma das amarras para avançarmos nas contratações.

Além disso, precisamos retomar a negociação de nossa recomposição salarial, da pauta específica (que tem as reivindicações de R$1.200,00 fixos e do reajuste do VA e do VR), a luta pela não compensação das pontes e do recesso e por outros aditivos no Acordo Coletivo, bem como as pautas mais gerais em defesa da Universidade e dos serviços públicos.

Esse é o momento de relembrarmos os momentos marcantes de lutas unificadas na Universidade, e irmos para cima, discutindo a necessidade da Greve em todas as unidades da USP!