Os estudantes de Letras da USP aprovaram greve a partir do dia 19/9 contra a falta de professores que ameaça às diversas habilitações dos cursos. Desde o início do ano, fizeram diversas paralisações exigindo contratação de professores, algo elementar em uma universidade. A reitoria da USP, cuja vice-reitora da universidade pertence a FFLCH, tem ignorado as demandas dos estudantes, não apenas da Letras, mas em diversos cursos e na EACH.

A situação é tão absurda que habilitações como o japonês e o coreano podem não existir. A direção da FFLCH, com Paulo Martins à frente, tomou uma medida ultra-autoritária, tentando impedir que a greve acontecesse, cancelando as aulas na véspera da greve para impedir que a assembleia de estudantes da Letras acontecesse. Corroborando o discurso da reitoria, afirma que não há falta de professores chegando ao absurdo de culpar os funcionários pela velocidade lenta das contratações, quando os próprios funcionários estão bastante sobrecarregados com a falta de contratações.

Nós, funcionários, estamos bastante cientes da falta de contratações e dos absurdos dessa reitoria que avança para precarizar o ensino, a pesquisa, as condições de permanência e de trabalho na FFLCH. Os trabalhadores da FFLCH aprovaram paralisar no dia 21/9 contra a compensação de horas que a reitoria impõe aos trabalhadores, aumentando a jornada diária de trabalho para mascarar a falta de funcionários e para apoiar a luta dos estudantes da FFLCH.

A Assembleia de trabalhadores da USP votou o apoio à luta dos estudantes em defesa da universidade pública, pois a nossa luta é a mesma!

Todo apoio a luta dos estudantes da USP! Todo apoio à greve da Letras! Abaixo o autoritarismo da direção da FFLCH e da reitoria!