O Sindicato das Trabalhadoras e dos Trabalhadores da USP vêm a público se solidarizar à comunidade escolar da Escola Estadual Thomazia Montoro e com os familiares e amigos das vítimas desta tragédia. A violência escolar não é uma fatalidade, é resultado de um projeto de sociedade capitalista, racista e misógina que há décadas vêm sendo construído em São Paulo pelo PSDB nas mãos de Geraldo Alckmin e, mais recentemente, pelo governo do Tarcísio.
A precarização das escolas, salários baixos, diferenciação de contratação entre docentes da categoria, péssimas instalações das Unidades Escolares e a ausência de profissionais da saúde mental no espaço escolar, vinculado a situação de extrema vulnerabilidade, desemprego, trabalho precário, racismo, misoginia e dificuldades sociais dos alunos e seus familiares, levam a esta dura realidade, onde a escola não consegue servir como ponto de apoio.
Ressaltamos, também, que a Educação de qualidade para a diversidade e o respeito é a base para escolas sem violência, e não a presença da Polícia Militar, que só fortalece a violência e a repressão oferecendo mais repressão e criminalização à juventude, filha da classe trabalhadora, negra e pobre. E o que a Escola Pública tem passado há anos é um desmonte de sua capacidade de educar de maneira crítica. O Novo Ensino Médio, iniciado no governo Temer e que segue agora com o governo Lula-Alckmin por exemplo, tem por alvo a exclusão de matérias como Sociologia e Filosofia, justamente aquelas que têm em sua natureza tratar dos Direitos Humanos e do respeito à diversidade. Logo, o ataque vivido por esta escola é efeito de um desmonte da educação de qualidade nas escolas públicas brasileiras e também das mazelas criadas por uma sociedade doentia sob o capitalismo.
Estendemos nossa solidariedade a todo o professorado paulista que vem há anos lutando pela Educação de qualidade para o Estado de São Paulo. A luta por uma educação pública e de qualidade é de toda a classe trabalhadora!