
Nesta terça-feira, 13/9, as(os) funcionárias(os) do HRAC, mais conhecido como Centrinho de Bauru, mostraram sua força, realizando uma forte e contundente paralisação!
Desde o início da manhã, ao invés de realizarem suas atividades normais, mais de 200 trabalhadores reuniram-se em assembleia para discutir os passos dessa luta. O sindicato enviou ainda um reforço com diretores, cedebistas e ativistas da categoria vindos da capital. Houve também manifestações de apoio de estudantes, tanto de Bauru quanto de São Paulo.
Como deliberação central da assembleia foi reafirmada a posição anterior: ninguém assina o termo de anuência, ao menos até que haja uma condução democrática do processo de transição.

Membro da comissão de transição escolhida pela reitoria tenta se explicar
A pressão da paralisação e da luta dos funcionários fez com que um dos membros indicados pela Reitoria/Superintendência para compor a famigerada Comissão de Transição comparecesse à assembleia e tentasse se explicar.
O dr. Cristiano Tonello, médico do hospital, apareceu na assembleia e disse que havia sido indicado para compor a tal comissão. Segundo seu relato, até agora não houve muitos encaminhamentos, e a comissão seria composta ainda pelo superintendente do Centrinho
e pelo dr. Omar, da procuradoria Geral.
Os trabalhadores reafirmaram para ele a exigência de que essa comissão seja paritária, com representantes eleitos em assembleia. Ao final, inclusive, já foram eleitos pela reunião quatro pessoas como representantes.
Ficou marcada uma nova Assembleia para 27/9 para darmos continuidade à luta!
Importante lembrar para todas e todos a necessidade de fortalecer nosso sindicato. Quem ainda não é filiado, procure um diretor do sindicato na sua unidade ou filie-se pelo nosso site!!!

Durante a manifestação, foi mais uma vez denunciada a entrega do Centrinho para a iniciativa privada, através de uma operação como mínimo estranha. Afinal, quem vai gerir o HC de Bauru, para onde o Centrinho vai ser transferido, é a Faepa, que é a Fundação da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da mesma unidade dos reitores responsáveis pela desvinculação. Agora essa fundação vai gerir uma verba de quase 1 bilhão em poucos anos. Importante destacar que essa fundação é gerida por docentes da própria USP. Portanto, trata-se de uma nítida negociata às custas de destruir um serviço de excelência e humanitário que o Centrinho realiza!
Foi ainda denunciado no ato como esse não é um processo isolado, mas faz parte de um projeto mais global de privatização da saúde, com a precarização e destruição do SUS. Projeto levado adiante por distintos governos, e acelerado agora por Bolsonaro e companhia.