Para quem quiser ver as mesas de debates do Seminário, podem acessar no Youtube.

Link para a gravação do Primeiro Dia do Seminário: https://www.youtube.com/watch?v=jbVVakBHNJE

Link para a Gravação do Segundo Dia do Seminário: https://www.youtube.com/watch?v=Xkxkv7nLMqU

Foto da Mesa 2 do Seminário no dia 29/06 – Foto Imprensa Sintusp

Realizamos nos dias 29 e 30 de junho, o Seminário de Saúde 2022 do SINTUSP, no auditório cedido pelo CEPEUSP na capital e também online, em formato híbrido. Apesar da tentativa de boicote da reitoria, que não garantiu a liberação dos funcionários que não eram diretores ou cedebistas do sindicato, o seminário foi um sucesso e cumpriu sua função de subsidiar nossos debates.

As mesas do seminário abordaram muitos temas relevantes sobre a saúde no Brasil e na USP, com debatedoras e debatedores de entidades parceiras da nossa luta, trabalhadores e intelectuais que contribuíram para uma melhor compreensão do contexto de ataques a direitos da classe trabalhadora, sejam eles trabalhistas ou direitos mais abrangentes como a própria saúde, denunciando a gravidade do processo de privatização e desmonte do SUS e de todas as instituições que deveriam estar trabalhando para melhorar as condições de vida da população.

Passaram pela discussão também as constatações das dificuldades enfrentadas no cotidiano da USP pela nossa categoria, tanto pelas condições de trabalho que nos adoecem e desestimulam quanto pela falta de valorização demonstrada pelo arrocho salarial de tantos anos e congelamento da carreira que já perdura por uma década, na mesma semana em que o conselho universitário destinou R$100 milhões de reais para valorização dos jovens docentes e nenhum real para a carreira dos funcionários.

Outro elemento relevante e central foi a defesa dos hospitais e demais serviços de saúde da USP, que sofrem com o desmonte e deixam nossa categoria sem prevenção ou tratamento adequado das doenças muitas vezes geradas no próprio trabalho, ao mesmo tempo que a reitoria anuncia a destinação de R$217 milhões de reais para fundações que gerem os HCs de São Paulo e Ribeirão e mantém a posição de desvincular o HRAC da USP.

O seminário reafirmou a defesa do SUS 100% público, estatal e sob controle dos trabalhadores e as exigências para que a universidade cumpra suas obrigações em garantir melhores condições de trabalho e políticas de prevenção e promoção de saúde para a comunidade, combatendo e revertendo os processos de privatização e terceirização que precarizam cada vez mais o trabalho na universidade.

Saúde mental, assédio moral e assédio sexual ganham destaque

Uma das mesas mais densas foi a que abordou a saúde mental, com valorosas intervenções que aprofundaram o entendimento da gravidade do tema do assédio moral e do assédio sexual, bem como a ação de chefias e das condições precárias de trabalho em uma estrutura organizacional que promove apenas o adoecimento e o desestímulo aos trabalhadores.

O assédio sexual foi abordado de maneira brilhante pela advogada Tainã Góis, com uma perspectiva histórica da questão de gênero nas relações de trabalho, valorizando a luta das mulheres como uma luta de toda a classe trabalhadora e mostrando as possibilidades e limites dos caminhos judiciais para combater os assediadores e violentadores de mulheres.

As apresentações da mesa tocaram ainda nas questões de saúde e adoecimento nas creches com a Diretora do SINTUSP Ana Cristina, a experiência do CEREST no atendimento de trabalhadores da USP com o Assistente Social Vinicius Boim, as ações do Núcleo de Combate ao Assédio Moral da USP Ribeirão Preto com o professor Sergio Kodato e as importantes visões da psicologia do trabalho sobre o assédio moral nas palavras do Psicólogo e professor Dimitre Moita.

Na plenária Final, aprovamos diversas resoluções que serão levadas para assembleia geral da Categoria e pautarão nossas reivindicações para inclusões no acordo coletivo. As resoluções aprovadas podem ser vistas aqui