O SINTUSP manifesta toda sua preocupação com o conjunto dos/as trabalhadores/as da USP nesse momento tão difícil. Especialmente, com aquelas(es) que correm os maiores riscos, durante a pandemia e que dedicam suas vidas pela saúde da população. Por isso, o sindicato tem concentrado esforços para que os/as trabalhadores/as do HU que fazem parte dos grupos de risco sejam poupados.
A luta pelo afastamento dos/as trabalhadores/as dos grupos de risco nunca esteve desvinculada da luta pelo funcionamento pleno do HU. Por isso há anos lutamos por contratações e investimentos para que tanto no dia a dia quanto numa calamidade pública como a que estamos vivendo, o HU pudesse funcionar sem colocar a vida de seus pacientes e trabalhadores em risco.
As reivindicações que fizemos à reitoria, desde o início da pandemia foram por:
• Contratação emergencial para reabrir leitos fechados e suprir a falta de funcionários provocada pelos PIDVs e suspensão de concursos na USP; –
• Dispensa de trabalhadores/as para cumprir quarentena conforme grupos de risco definidos pelas autoridades sanitárias, cujos formulários de autodeclaração já foram em sua maioria preenchidos na semana passada e permanecem sem resposta.
• Exigimos providências quanto à negativa de afastamento de trabalhadores/as da UTI com mais de 60 anos, portadores de doenças crônicas que podem apresentar as formas mais graves da doença.
• Garantia de condições de segurança para todos, como máscara N95, luvas, álcool em gel, aventais, óculos, orientações adequadas e permanentes e outras medidas. Os/as trabalhadores/as têm muitas dúvidas sobre a indicação do uso dos EPIs, inclusive nos setores administrativos e de apoio, que não prestam assistência direta, mas têm contato com pacientes cuja principal queixa não é respiratória, mas pode estar transmitindo o vírus.
• Dispensa das gestantes e lactantes, pois há setores como a pediatria que não deu afastamento para uma lactante, ignorando a lei.
• Pagamento de adicional de insalubridade para todos/as trabalhadores/as do hospital;
– Rodízio de trabalhadores/as destinados/as ao atendimento direto a pacientes suspeitos ou confirmados, diminuindo a exposição;
• Extensão de todas as medidas aos trabalhadores/as terceirizados/as e prestadores/as de serviço
Apesar da reitoria afirmar que o HU não pode fecha, durante a audiência com o Ministério Público do Trabalho não respondeu aos questionamentos da procuradora sobre contratações, tão pouco aceitou fazer uma reunião emergencial com o SINTUSP. Esta é a mesma reitoria que planejou desvincular os hospitais da USP, que aplicou 2 PIDVs, suspendeu contratações e insiste em postergar até os 40 milhões que conquistamos por emendas da ALESP.
Se o HU hoje não tem condições de dispensar os grupos de risco isso é responsabilidade de Zago e Vahan!
Mais do que mantê-lo em funcionamento queremos que funcione plenamente sem sacrificar a vida daqueles/as que se dedicam ao atendimento da população!