No último domingo, 24/11, os trabalhadores da PepsiCo das fábricas de Itaquera e Sorocaba entraram em greve contra a escala 6×1 e o acordo proposto pela empresa na última reunião com representantes do sindicato da categoria (STILASP) que indicava uma escala 6×2.

A Pepsico é uma empresa de alimentos e bebidas multinacional presente em mais de 200 países e que existe há décadas no Brasil, tendo uma receita líquida de US$70 bilhões globalmente. Ainda assim, essa mesma empresa impõe um regime de trabalho baseado na ultra exploração de seus funcionários a partir dessa escala desumana e que, mesmo depois de meses de negociação, ainda segue querendo a perpetuação parcial disso.

Essa escala vem tomando cada vez mais importância no marco das mobilizações e da repercussão midiática das últimas semanas que escancaram os inúmeros problemas desta medida que explora sobretudo os trabalhadores mais precarizados, impondo jornadas exaustivas e que sugam suas vidas em torno do trabalho, cujo nosso sindicato é parte de repudiá-la e nos solidarizamos com todos os trabalhadores afetados por ela entre tantas outras condições precárias.

Sabemos que a precarização de trabalho não é uma exceção, mas cada vez uma regra que avança inclusive dentro da universidade, com o banco de horas que flexibilizou a jornada, o arrocho salarial, falta de funcionários e congelamento de contratações, além terceirização que avança na USP, onde a própria carga horária e condições desses trabalhadores se mostra desumana a cada dia.

Por isso, nós do Sindicato de Trabalhadores da USP (SINTUSP) reafirmamos nosso apoio à greve dos trabalhadores da PepsiCo e estaremos na luta contra a escala 6×1 e direitos para todos os trabalhadores

Diretoria Colegiada do Sintusp – 28/11/2024