Desde que a reitoria publicou a Portaria GR 8.607/2024 que estabeleceu os critérios para concorrer às progressões verticais ou horizontais, a indignação tomou conta da Universidade. Conforme já denunciamos, esse processo sequer pode ser chamado de Carreira, já que não tem critérios objetivos e nenhuma previsibilidade. Para piorar, a reitoria fez tudo unilateralmente, não houve nenhuma conversa com o sindicato. E agora, coroando esse processo totalmente antidemocrático, a reitoria solta uma Portaria e define novas regras no meio do jogo, que contribuíram pra exclusão de vários funcionários previamente, sem sequer a possibilidade de recorrer dessa decisão. Em resumo, um Escárnio!
Diante disso, convocamos uma Assembleia Geral, que ocorreu nesta quarta, 30/10, para definirmos nossas ações diante das arbitrariedades da reitoria. Confirmando o que já percebíamos nas unidades, conseguimos realizar a maior Assembleia do ano, reforçando que a indignação é crescente!
As falas na Assembleia denunciaram as várias arbitrariedades do processo de avaliação, destacando que muitas pessoas sofreram diversos tipos de perseguição. Além disso, recebemos vários relatos de chefes que não tinham ideia que ao assinalar uma opção na avaliação, estariam na prática excluindo seus subordinados da possibilidade de concorrer à progressão, pois as regras não estavam estabelecidas. Também foi destacado como era absurdo o fato de não ter nenhum mecanismo de recurso em relação ao resultado das avaliações, sendo, na prática, a palavra da chefia a única que realmente vale.
Diante disso, aprovamos na Assembleia a necessidade de ampliar nossa mobilização, exigindo da reitoria que revogue os itens da Portaria que excluem previamente os funcionários, garantindo que todos possam concorrer à progressão, seja vertical para os que estão no nível 1; seja horizontal: para todos os níveis. Também aprovamos a exigência que seja aberto um período de recurso para os funcionários que se sentirem injustiçados pela avaliação das chefias.
Grande Ato em frente à reitoria! 4ª feira, 6/11, a partir das 11h30
Como principal medida de mobilização, a Assembleia aprovou a realização de um Grande Ato para a próxima quarta, 6/11, a partir das 11h30, em frente à reitoria. Sabemos que o prazo que a reitoria estabeleceu para preenchimento do requerimento de progressão é apertado, mas caso realizemos uma forte e radicalizada mobilização poderemos conquistar a revisão dos critérios e prazos.
Para realizarmos um forte ato, é fundamental realizarmos reuniões no maior número possível de unidades, e passar em todos os setores convocando nossos colegas para a manifestação. Aprovamos ainda a colocação de faixas e mesmo os funcionários que não foram diretamente prejudicados pela Portaria do reitor, sabem que este processo é extremamente injusto. Caso não paremos agora essa postura autoritária da reitoria, não temos nenhuma garantia que novas arbitrariedades não venham na sequência.
Aprovamos ainda transformar este dia numa jornada de lutas para envolvermos os campi do interior. A orientação é que sejam discutidas manifestações em todos os campi ao longo do dia, como atos, fechamento de portões, panfletagens, entre outras possíveis ações a serem definidas nas assembleias de Campi.
Pressionar o sr. João Maurício, sr. Wilson, sr. Carlotti, sra. Maria Arminda e toda a burocracia universitária
Além do ato, também foi aprovado envio de e-mails para os órgãos responsáveis por esse processo absurdo de carreira, como a Codage e o DRH, além do próprio reitor e vice-reitora, exigindo a revogação dessa exclusão absurda. No próximo boletim divulgaremos um modelo de texto padrão a ser enviado, bem como os endereços de e-mail desses órgãos e dessas figuras.
Montante de verba aprovada possibilitaria valor fixo de RS 1.200,00 para todas e todos!
Na assembleia, também foi relatado um estudo feito por alguns colegas da FFLCH, que calcularam quanto daria para cada funcionário caso o montante de verbas disponibilizado para as progressões fosse distribuído igualmente. De acordo com esse cálculo, daria aproximadamente os R$1.200,00 que reivindicamos há anos como valor fixo, sem considerar, neste caso, eventuais encargos.
Isso mostra que dinheiro tem para atender nossas reivindicações! Sabemos que um valor fixo não é a mesma coisa que carreira. Entendemos ser necessário construirmos uma forte mobilização para termos efetivamente um plano de carreira, com critérios objetivos e progressões periódicas. No entanto, depois de 12 anos sem nenhuma progressão, teria sido possível partir de uma valorização global pra toda a categoria, priorizando os menores salários, que é o que o fixo representa. A reitoria, por sua vez, optou por pagar uma fortuna para uma empresa privada desenhar um processo esdrúxulo de avaliação e uma proposta de progressão totalmente arbitrária, sem nenhuma transparência. Um absurdo!!!
A próxima Assembleia ocorrerá na 5ªfeira, 7/11, 12h30, em formato híbrido!
Aprovamos também a data da próxima assembleia, que será quinta-feira, 7/11, em formato híbrido. Nesta assembleia avaliaremos o resultado do ato e dos pedidos de reunião de negociação com a reitoria, bem como a continuidade da mobilização, além de eventuais propostas de ações jurídicas denunciando as arbitrariedades do processo.