A pedido da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL) ao Ministério Público de São Paulo, foi instaurado um Inquérito Policial que está fazendo uma devassa nas redes sociais do GOI/Palavra Operária, intimando uma militante e um militante da organização para prestar depoimento no Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), de São Paulo.

A acusação, sem nenhum amparo nos fatos, nem nas leis, visa a enquadrar a organização GOI e seus militantes na Lei Antirracismo, em face de posições políticas de defesa do povo palestino contra a guerra genocida desatada por Israel na Faixa de Gaza, que já matou mais de 50 mil palestinas e palestinos, na maioria crianças e mulheres, e expulsou cerca de 1 milhão e meio de pessoas de suas casas, configurando uma nova e mais sangrenta Nakba.

O inquérito policial contra o GOI/Palavra Operária é uma evidente perseguição política, que atropela as leis que garantem a liberdade de expressão e de organização. Tem o objetivo de calar as vozes de todas e todos que denunciam esse genocídio e de criminalizar a luta em defesa do povo palestino. É, portanto, um ataque a todas e a todos que lutam por uma Palestina Livre.

Nós do Sintusp nos colocamos na primeira fileira em defesa do Povo Palestino e de todos os seus lutadores e lutadoras denunciando o estado racista de Israel, por uma Palestina livre do rio ao mar.