Nesta sexta-feira, ocorreu uma nova reunião da Copert (Comissão Permanente de Relações de Trabalho) para discussão do Acordo Coletivo. Nesta reunião, os representantes do sindicato reforçaram o que foi definido em nossa Assembleia, de manutenção das nossas reivindicações centrais para um eventual novo Acordo, a despeito das negativas anteriores da reitoria. A nossa principal reivindicação é o Abono das Horas de Ponte de feriado e do recesso de final de ano. Afinal, como sabemos, trata-se de dias que a Universidade não funciona, e é um absurdo termos que pagar essas horas, ainda mais considerando que os docentes não pagam! Na reunião, acrescentamos ainda o argumento de que com a Greve dos funcionários da Unicamp, a reitoria de lá já soltou um comunicado de que essas horas não serão cobradas, e questionamos as razões da reitoria da USP não fazer o mesmo!
Como deixamos explícito que esse ponto é fundamental pra nossa categoria, os membros da reitoria pediram um intervalo na reunião, e retornaram com uma proposta que praticamente não altera o ponto central, que é a cobrança das horas. A proposta da reitoria é autorizar o uso das faltas abonadas (atualmente com limite de 6 por ano) durante o recesso, neste caso até o limite do total de abonadas ainda disponíveis (isto é, sem a limitação de uma por mês, flexibilizada apenas para o uso no recesso). Então na prática somente nos autorizam a escolher qual direito queremos, o recesso ou uso das abonadas ao longo do ano!
<center>Reitoria confirma que não abona pontes e recesso por falta de vontade política
Após a apresentação da proposta da reitoria, fizemos uma série de perguntas para entendermos melhor os detalhes. Antes disso, o prof. Wilson deixou explícito que essa proposta seria o “limite” que administração poderia chegar.
Em dado momento da reunião, perguntamos se o limite para a reitoria não conceder nossa reivindicação seria motivado por uma questão jurídica ou se expressava uma disposição política da reitoria. O prof. Wilson admitiu que se tratava de uma questão da disposição política em avançar ou não. Com isso ficou nítido que, ao contrário do que muitas vezes foi argumentado pelos membros da reitoria nas mesas de negociação, não é uma questão jurídica que motiva a negativa, mas falta de vontade política da reitoria!
Portanto, se é falta de vontade política, a força da nossa mobilização pode alterar essa vontade!!!
<center>Sintusp quer negociar, mas não aceitamos chantagem e intransigência da reitoria!
Os membros da reitoria fizeram verdadeira chantagem, apoiando-se no prazo curto até a finalização do atual acordo, alegaram que caso os prazos não fossem respeitados poderíamos ficar sem a cobertura do Acordo Coletivo. Ocorre que é a própria reitoria que atrasou o início da negociação, e que mantém postura intransigente quanto às nossas propostas!
Fizemos a discussão dessa questão na reunião do CDB que ocorria também na sexta, e reafirmamos que estamos dispostos a negociar, mas queremos discutir efetivamente as demandas da categoria, sem a faca no pescoço e especialmente sem ingerência da reitoria nas nossas decisões e prazos!
Sabemos que o atual acordo termina em 30/9, mas colocamos na reunião que da nossa parte poderíamos prorrogar o atual ACT pelo tempo que fosse necessário para concluir a negociação dos termos do Novo Acordo, ou mesmo que o novo ACT tenha validade retroativa. Caso seja preciso, estamos dispostos a realizar quantas reuniões da Copert forem necessárias nas 2 próximas semanas para avançarmos na negociação! Sobre essas questões que levantamos, os membros da reitoria não falaram nada. Quando apresentou a proposta do uso das abonadas, o prof. Wilson, presidente do DRH, falou que queria uma resposta até 20/9! Consideramos um absurdo essa imposição! Vamos discutir nas unidades, mas no tempo que considerarmos adequado!
<center>Dia 21/9: Vamos paralisar por nossas reivindicações no ACT e construir a Unidade com os Estudantes!!!
Na reunião do CDB ocorrida na sexta foi aprovado por unanimidade, ainda mais depois do informe da reunião da Copert, a importância de construirmos com força a paralisação indicada para o dia 21! Afinal, para fazermos a reitoria atender nossas reivindicações, será necessário ampliarmos a nossa mobilização!
Além de paralisarmos por nossas demandas no Acordo Coletivo, consideramos fundamental unificarmos nossas forças com os estudantes, que realizarão uma Greve na USP neste dia! Alguns cursos como a Letras, a História e a Geografia já aprovaram Greve por tempo indeterminado!
Consideramos fundamental unificarmos nossas lutas numa só, colocando também a necessidade de enfrentarmos o projeto de desmonte e privatização da Universidade levado adiante pela gestão Carlotti, que se mostra cada vez mais aliada do governo do bolsonarista Tarcísio! A nossa unidade com os estudantes é fundamental neste momento!