Tomamos conhecimento através do movimento estudantil que 600 estudantes estão sendo ameaçados de expulsão através de jubilamento. Em seu abaixo-assinado os estudantes relatam que a Comissão de Direitos Humanos da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) da USP soltou uma nota de posicionamento contrário ao jubilamento de 600 estudantes apenas dessa faculdade durante a pandemia, uma situação escandalosa que expressa mais uma vez o extremo elitismo da Universidade de São Paulo.

O argumento para a expulsão desses estudantes seria que não cumpriram matérias durante dois semestres seguidos. Essa medida além de autoritária ignora completamente as dificuldades que os estudantes passaram em meio à pandemia tendo que se adequar ao ensino remoto. Muitos estudantes pobres relataram a falta de acesso a equipamentos adequados para participação das aulas remotas. No CRUSP (Conjunto Residencial da USP) a imprensa divulgou relatos dos estudantes sem acesso à internet, à cozinha e até mesmo denuncias de que em alguns blocos não haviam sequer água em meio ao surto de Covid-19 no país. Soma-se a isso o fato de que muitos estudantes, trabalhadores e docentes adoeceram psicologicamente sendo vários os relatos que mostram um aumento dos casos de depressão e ansiedade a ponto de vermos tragédias como o suicídio de 3 estudantes em menos de 3 meses. Em nossa última assembléia aprovamos um posicionamento contrário a essa medida absurda da reitoria e da FFLCH.

Solidarizamo-nos com os estudantes e exigimos o cancelamento de todos os jubilamentos durante a pandemia. Divulgamos o abaixo-assinado do CEUPES (Centro Acadêmico do curso de Ciências Sociais da USP) contra essa medida.

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