
A Diretoria da Adusp manifesta seu repúdio à ação arbitrária do governo de Israel, que no dia 1º de outubro de 2025 interceptou violentamente a Global Sumud Flotilha, impedindo a chegada de ajuda humanitária destinada à população de Gaza. A flotilha, composta por mais de 40 embarcações e cerca de 500 ativistas de dezenas de países, representa um gesto de solidariedade internacional diante do silêncio de muitos governos frente ao genocídio em curso contra o povo palestino.
Entre os participantes encontram-se 17 pessoas brasileiras, incluindo parlamentares, dirigentes de movimentos sociais, sindicalistas e militantes, entre eles dois colegas do Sintusp. Neste momento, 15 delas estão sob custódia de Israel: 13 reconhecidamente detidos e dois ainda dados como desaparecidos.
Exigimos do governo brasileiro a adoção imediata de todas as medidas diplomáticas e consulares necessárias para garantir a libertação e a integridade física das pessoas sequestradas por Israel. Reafirmamos que prestar ajuda humanitária é um direito inalienável dos povos e que nenhum ato de violência pode ser dirigido contra civis que atuam pela vida e dignidade do povo palestino.
A Diretoria da Adusp soma-se às vozes que exigem o fim imediato do bloqueio a Gaza, a abertura de corredores humanitários seguros e a interrupção do genocídio (vide aqui nota do Andes-SN). Além disso, subscrevemos o abaixo-assinado “Proteção à Global Sumud Flotilha e garantia de segurança para entrada com ajuda humanitária em Gaza”, que reúne sindicatos, movimentos sociais, organizações da sociedade civil, intelectuais e artistas em defesa da integridade dos ativistas e da legitimidade da missão humanitária.
São Paulo, 2 de outubro de 2025
Diretoria da Adusp