Teremos uma parada técnica em Túnis até o dia 10/9, porque temos que sair de lá direto a Gaza, com todos os barcos nas melhores condições possíveis, que deverão ser adquiridas em Túnis.

Exemplo: nosso barco é um barco-museu e foi colocado em condições de navegação três dias antes da partida. Temos tido todo tipo de problema diariamente: bomba d’água do tanque de água, bomba de porão, piloto automático com pane etc.

Temos uma equipe de tripulantes incrível quanto à capacidade técnica: um eletricista, uma engenheira, um capitão polivalente, timoneiros e um menino de 18 anos que faz de tudo e encontra soluções para as mais diversas questões de infraestrutura.

Os demais barcos têm vários problemas de inúmeras ordens, em especial os pequenos, que não seriam próprios para uma navegação desta envergadura.

O nosso capitão disse que, só pela incrível determinação de todos os embarcados, o desempenho da flotilha até aqui não podia ser melhor.

Em Túnis, vários dos problemas apresentados serão tratados e teremos condições melhores na etapa decisiva, de Túnis a Gaza, etapa em que não haverá parada e ninguém poderá desembarcar, independentemente da hipótese.

Túnis será a última oportunidade de desembarque para qualquer participante ou tripulante.

Creio que ainda estamos nos preparando da melhor forma para as variadas situações hipotéticas.

É a nossa convicção, acima de tudo, que empurra nossos barcos com comida e medicamentos para nossos irmãos.

Algumas coisas são tristes, entretanto: em Gaza, companheiras(os) que esperam nossa chegada, especialmente mães com crianças e bebês, perguntam se podem ter lugares em nossos barcos para voltarem conosco.