Na última reunião da Comissão Permanente de Negociação Trabalhista (Copert), no dia 21 de agosto, ocorreu mais um lamentável episódio de descaso com as pautas votadas pela nossa categoria e apresentadas pelo Sintusp.
Apesar de termos levado um relatório completo com os detalhes da demanda pelo AIQ (Adicional de Incentivo a Qualificação) conforme publicamos no boletim 38_25, além da exigência do auxílio funeral (pendente há dois anos), o reajuste do vale-refeição e a necessidade urgente de contratações no Hospital Universitário (HU) e no SVOC, a COPERT direcionou a reunião para um formalismo vazio.
A Copert justificou a negativa com o argumento de que os parâmetros de sustentabilidade orçamentária impedem a reitoria de comprometer o orçamento da futura gestão durante o semestre eleitoral para reitor. Contudo, o que se viu foi uma manobra para postergar indefinidamente o debate dos temas econômicos, alegando o mesmo argumento como pretexto para negar qualquer benefício ou auxílio às trabalhadoras e trabalhadores, mesmo com um caixa bilionário (mais de 8 bilhões de reais e um dos menores comprometimentos da USP com a folha de pagamento de sua história).
Os membros da comissão preferiram discutir aspectos irrelevantes, como a pronúncia correta de “necropsia” ou debater o desuso da palavra “autópsia”, ignorando o caráter emergencial das demandas.
O tema do Bilhete BUSP para as trabalhadoras terceirizadas, debatido há anos, foi tratado com pouco caso e com argumentos por parte da procuradoria da USP já superados embora um dos membros da Copert, o Prof. Antônio Rodrigues de Freitas Jr tenha assinado, como parte do Departamento de Direito do Trabalho e Seguridade Social da Faculdade de Direito da USP, um parecer demonstrando legalidade da demanda, conforme publicamos no nosso site no dia 13 de novembro de 2024. Tal postura mostrou o despreparo e o desinteresse da Copert com as demandas levadas pelo SINTUSP.
A única forma de termos nossas demandas atendidas é mostrando disposição para mobilização e luta.

